top of page

Chegou o verão e as alforrecas também


Todos nadadores de águas abertas situados em Portugal sabem quando de facto chegou o verão, pois a água aquece uns (poucos) graus e por isso, as nossas amigas alforrecas também. Quem esteve nas praias esses últimos dias sabe que a água já está cheia de alforrequinhas bebés… ou seja, elas já chegaram e estão agora em fase de crescimento.


Por mais que possamos não gostar delas, não podemos esquecer que este é o habitat delas, por isso temos de respeitar o meio ambiente é não preciso matá-las, apesar de muitas delas que encontramos perto da beira da praia já estão mortas, estão apenas a cumprir o seu papel na cadeia alimentar sendo alimento para peixes.


Muitos têm medo das alforrecas, de verdade que assustam, pois quando estamos a nadar descontraidamente e passamos por cima de uma bichinha dessas ou muitas vezes quando elas vêm ao nosso encontro, nada acontece, mas não estávamos à espera, por isso assustamo-nos. Na maioria dos casos, das minhas experiências nas praias da linha Oeira - Cascais, dependendo de onde elas tocam a nossa pele e da sensibilidade de cada um pode causar uma sensação de formigamento ou rápido ardor com um vermelhidão, mas não passa disto, não é necessário nenhuma outra ação, diferentemente de uma situação com uma Caravela Portuguesa, ainda rara, mas já começam a dar o ar da graça com mais frequência.


Abaixo algumas espécies da costa portuguesa, apresentadas pela Câmara de Cascais:


A Caravela-portuguesa, apesar de parecer uma única criatura não o é. Esta é um organismo heteromorfa, isto é, uma colónia de organismos em que cada um tem uma função específica, não estão conectados anatomicamente mas trabalham em conjunto. Flutua à superfície da água e é influenciada por ventos e correntes superficiais. Os seus tentáculos podem chegar aos 30m. Esta é a espécie com maior poder urticante que ocorre com frequência na costa portuguesa, pelo que deverá ser evitado o contacto direto sempre que possível. Em caso de queimadura, aplique vinagre e compressas quentes sobre a zona afetada.


Provida de uma estrutura superficial semelhante a uma vela, a Veleiro, flutua à superfície da água e é influenciada por ventos e correntes superficiais, sendo como a anterior espécie também uma colónia de organismos. Estes organismos podem formar agregados densos, cobrindo a superfície da água, e vastas áreas de areal quando dão à costa. Os seus tentáculos são pequenos e ligeiramente urticantes, sendo aconselhável evitar o contacto direto. Se for picado, aplique bandas de gelo e se possível bicarbonato de sódio.


É provavelmente a medusa mais comum em Portugal continental, podendo ser facilmente observada em portos e marinas, especialmente nos rios Tejo, Sado e Gaudiana e Ria de Aveiro. É uma espécie de grandes dimensões e o seu poder urticante é considerado fraco. No entanto, aconselha-se precaução. Se for picado, aplique bandas de gelo e se possível bicarbonato de sódio.


Rhizostoma luteum (Medusa-tambor) É uma espécie rara que ocorre na costa Portuguesa, no estreito de Gibraltar e na costa oeste Africana com relativa frequência. É uma medusa de grandes dimensões cuja campânula pode chegar aos 60 cm de diâmetro. É facilmente reconhecida pelos seus braços orais curtos com longos apêndices de coloração e escura nas extremidades. Em caso de contacto direto com a pele, aplique bandas de gelo e se possível bicarbonato de sódio.


Em caso de picadas ou avistamento de alguma das espécies, é importante informar as pessoas que estão à sua volta e os nadadores-salvadores. Caso a praia não seja vigiada, pode também reportar o avistamento para a Autoridade Marítima através do número 214 401 919 ou para alguma emergência 112.


Fonte:

 
 
 

Comments


bottom of page